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Review: Hitman: Absolution
Review: Hitman: Absolution

Review: Hitman: Absolution exige criatividade e paciência, mas vale a pena

Assassino 47 está de volta em game aguardado há mais de 6 anos
 

 

 

Divulgação
Hitman



O implacável assassino 47, um clone criado com o DNA dos melhores matadores, está de volta. Desta vez, não tão frio e calculista quanto antes – tanto no enredo do game quanto no modo de jogo.

Passaram-se seis anos desde que Hitman: Blood Money, o último game da série, foi lançado. A evolução tecnológica que aconteceu durante todo esse período está bem clara no jogo. Confira em nosso review:

Enredo

47 vive dilemas pessoais após ter que matar sua ex-colega e, agora, deve impedir que a “Agência” para a qual trabalhava coloque as mãos em uma garotinha aparentemente inofensiva.

A narrativa é bem trabalhada, linear e dá um ar cinematográfico ao jogo. No entanto, ela  também é muito confusa e carregada de clichês holywoodianos.

Reprodução 

Jogabilidade

Assim como os títulos anteriores, Absolution é um game de ação focado noStealth –  no qual você deve evitar ao máximo ser percebido. Apesar de contar com muitas armas e poder utilizar até uma xícara de porcelana para atacar, você sempre é incentivado a ser sorrateiro.

Há uma certa liberdade no modo de concluir cada fase. Cada objetivo pode ser alcançado de 12 maneiras diferentes – o que significa que você pode voltar 12 vezes no jogo para completar as fases de um jeito novo. O bacana é que, para descobrir qualquer um desses caminhos, você terá que utlizar sua criatividade e inteligência para testar as diversas possibilidades. Mas, tenha paciência: falhar é bem comum em Absolution. E, quando isso acontecer, você terá que repetir muitos passos graças à péssima distribuição de checkpoints.

Disparar alguns tiros de vez em quando (principalmente quando perde o controle da situação) até pode ser uma boa saída se não estiver jogando no modo difícil. Porém, cada vez que matar alguém que não é seu alvo ou se seu disfarce for descoberto, você perderá pontos.

É possível esconder-se atrás de objetos e utilizar a cobertura  de forma competente tanto para tiroteios quanto para deslocar-se discretamente nos cenários. Além disso, há recursos como fingir estar rendido para depois golpear o adversário e transformá-lo em refém ou utilizar um cidadão comum como escudo humano.

Também dá para distribuir porrada. Sempre que quiser atacar um inimigo frente a frente terá que apertar os botões certos na hora certa em uma espécie de Quick Time Event.

O recurso Instinct  deixa o jogo fluir de um modo interessante. Você pode utilizar sua barra esgotável de instinto tanto para passar despercebido por determinados personagens quanto para ver através de paredes e traçar sua estratégia.

Por fim, ainda vale ressaltar que, sempre que matar alguém, é recomendado procurar algum lugar para guardar o corpo. Pegar a roupa de uma vítima e disfarçar-se funciona bem, mas não o suficiente para aliviar muito a sua barra quando estiver sendo procurado.

Reprodução 

Gráficos

O salto na qualidade gráfica é impressionante. O game conta com texturas muito bem trabalhadas e um belo esquema de iluminação único. Outro destaque fica por conta dos cenários – sempre riquíssimos em detalhes, apesar de limitados em extensão – e expressões dos personagens.

Modos online  

O game conta o tempo todo com uma pontuação. O tempo todo você está em uma competição online, que te posiciona em um ranking comparativo com jogadores de outros lugares do mundo.

A sua pontuação pode ser adquirida tanto no modo Absolution, no qual você segue a história do jogo, quanto no Contracts. Nesse segundo, você joga nas telas do game, porém com objetivos criados e detalhados por outros jogadores. Muitas vezes, esses desafios são mais bem elaborados e complexos do que os originais do game.

Para garantir uma boa pontuação online, além de cumprir os objetivos, o ideal é sempre manter-se o mais discreto e silencioso possível.

Apesar de ser um modo interessante, o Contracts não deve segurar os jogadores por muito tempo. A desenvolvedora do game poderia ter aproveitado as mecânicas e jogabilidades bem construídas para permitir jogadores se enfrentarem ou cumprirem missões simultaneamente no mesmo cenário – como um verdadeiro modo online.

 Reprodução

Conclusão

Hitman é um belo jogo e segue honrando o nome da franquia, mesmo após seis anos de espera.

Não é um game para pessoas impacientes que preferem sair atirando para todo o lado. É um jogo estratégico e que, felizmente, exije muito de sua criatividade.

Infelizmente ele é cheio de pequenos bugs e falhas que acabam irritando demais. Mesmo assim, vale jogar do começo ao fim.